Roseana
Sarney e Arnaldo Melo podem responder na
Justiça por farra de convênios com prefeituras.
Do
Blog Gilberto Lima.
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Fontes do palácio informam que o governador teria
dito que muitos prefeitos já receberam recursos desses convênios, mas não
realizaram obras. E o dinheiro desapareceu. Será que gastaram os valores
repassados durante a campanha eleitoral ou meteram no bolso?
Para não se complicar com essa situação, a
alternativa mais viável para Arnaldo Melo seria determinar o cancelamento de
todos os convênios firmados por Roseana Sarney. Se os mantiver, terá que fazer
os repasses ou deixar recursos para tal finalidade. Se decidir repassar os
recursos e nenhuma obra for executada, pode ser acionado judicialmente.
Uma coisa é certa: o governador eleito Flávio Dino,
tão logo se sente na cadeira de governador, deve determinar um levantamento
rigoroso de todos os convênios firmados e os valores repassados pelo Estado.
Aqueles gestores que receberam recursos, mas não realizaram obras, nem
devolveram os devidos valores ao erário, serão acionados na justiça. A
ex-governadora Roseana Sarney e o governador tampão Arnaldo Melo podem ser
enquadrados em possíveis ações por crime de improbidade, pois são os
responsáveis diretos pela liberação de recursos.
Um pouco antes da eleição, o governo criou o
FUNDEMA, um fundo que facilitaria a transferência de recursos de convênios para
as prefeituras. A manobra foi abortada por se tratar de recursos oriundos do
BNDES. O juiz federal Jorge Ferraz de Oliveira Júnior determinou, no mês de julho,
que Roseana Sarney e seu secretariado se abstivessem de transferir verbas dos
empréstimos feitos junto ao BNDES entre os anos de 2009 e 2012, para o
recém-criado Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do
Maranhão. Poucos dias depois, essa decisão foi cassada, mas, mesmo com a
liberação do Fundema pela Justiça, o governo ficou impedido de repassar
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Não custa lembrar que o processo de cassação de
Roseana Sarney, reeleita em 2010, foi fundamentado na farra de convênios
eleitoreiros com prefeituras do interior. Ficou comprovado que recursos foram
liberados em período vedado, e sem que os recursos tivessem sido aplicados em
alguma obra nos municípios beneficiados. Uma manobra no TSE impediu o
julgamento do caso que voltou à estaca zero, no TRE do Maranhão, onde foi
sepultado.
Agora, com a disposição moralizadora do governador
eleito Flávio Dino, pode ser feita uma operação pente fino em todos os convênios
irregulares que sangraram os cofres públicos, e os envolvidos podem ser
perturbados pela Justiça.
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